domingo, 29 de março de 2009

MARC CHAGALL, Exposição


"O mundo mágico de Marc Chagall - o Sonho e a Vida"
2/junho a 2/agosto - Museu Nacional de Belas Artes (RJ)
18/agosto a 18/outubro - Casa Fiat (BH)


A exposição “O mundo mágico de Marc Chagall - o Sonho e a Vida” será a primeira exposição de grande porte no país de Marc Chagall, 52 anos depois da sala especial realizada na IV Bienal.Pintor, gravador e vitralista bielorusso, Marc Chagall nasceu em Vitebsk em 7 de julho de 1887. Iniciou-se em pintura no ateliê de um retratista local. Em 1908 estudou na Academia de Arte de São Petersburgo e, de volta à cidade natal, conheceu Bella, de quem pintou um retrato em 1909 (Kunstmuseum, Basiléia). Retornou a São Petersburgo e de lá seguiu para Paris em 1910, ligando-se a Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire e aos pintores Delaunay, Modigliani e La Fresnay.

Cantiques IV, Marc Chagall

Marc Chagall trabalhou intensamente para integrar seu mundo de fantasias na linguagem moderna, derivada do fauvismo e do cubismo. Obras importantes desse período são “Moi et le village” (1911; “Eu e a aldeia”), “L’Autoportrait aux sept doigts” (1911; “Auto-retrato com sete dedos”), “La Femme enceinte” (1912-1913; “Mulher grávida”), “Le Soldat boit” (1912; “O soldado bebe”).
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Quase todos esses títulos foram dados por Cendrars. Coube a Apollinaire escolher as telas que Chagall expôs em 1914 em Berlim, com grande influência sobre o expressionismo de pós-guerra. Quando explodiu a guerra, Chagall, de volta à Rússia, foi mobilizado, mas ficou em São Petersburgo. Em 1915 casou-se com Bella. Irrompendo a revolução socialista de 1917, foi nomeado comissário de belas-artes do governo de Vitebsk. Fundou uma escola aberta a todas as tendências, entrou em conflito com Malevitch e acabou demitindo-se.
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Na mesma época, pintou murais para a sala e o foyer do teatro judeu de Moscou. Retornou a Paris em 1922. Por encomenda do editor Ambroise Vollard, ilustrou a Bíblia e executou 96 gravuras para uma edição de Almas mortas de Gogol, só publicada em 1949.
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Em 1927 ilustrou também as Fábulas de La Fontaine (cem gravuras publicadas em 1952). São dessa fase suas primeiras paisagens, bem como quadros que renovaram o tema lírico das flores. Em 1931 Chagall visitou a Palestina e a Síria e publicou Ma vie (Minha vida), autobiografia ilustrada por gravuras que já haviam aparecido em Berlim em 1923. Em 1933 realizou grande retrospectiva no Kunstmuseum de Basiléia.
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A partir de 1935 o clima de guerra e de perseguição aos judeus repercutiu em sua pintura, na qual os elementos dramáticos, sociais e religiosos passaram a tomar vulto. Em 1941 foi para os Estados Unidos, onde em 1944 morreu Bella Chagall, causando-lhe grande depressão. Mergulhou de novo no mundo das evocações e concluiu o quadro “Autour d’elle” (”Em torno dela”, Musée National d’Art Moderne, Paris), iniciado em 1937 e que se tornou uma síntese de sua temática. Em 1945 pintou grandes telas de fundo, cenários para o balé O pássaro de fogo, de Stravinski.
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Regressou definitivamente à França em 1947. Em 1950 criou vitrais para a sinagoga da universidade hebraica de Jerusalém. Os vitrais para a catedral de Metz, dos muitos que concebeu a seguir, datam de 1958. Chagall esteve várias vezes em Israel nessa época, desincumbindo-se de várias encomendas.
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Na França e nos Estados Unidos, além de vitrais, realizou mosaicos, cerâmicas, murais e projetos de tapeçaria.
Em 1973 foi inaugurado em Nice o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall.
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Em 1977 o governo francês agraciou-o com a grã-cruz da Legião de Honra.
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Reconhecido como um dos maiores pintores do Século 20, Marc Chagall morreu em Saint-Paul de Vence, no sul da França, em 28 de março de 1985.

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