sexta-feira, 3 de julho de 2009

L'ART NAÏF - BRASIL

Chico da Silva
História e obra

Ele nasceu no Acre em 1923, filho de uma cabocla cearense com um índio da Amazônia peruana. Foi criado ante a misteriosa paisagem da floresta amazônica e à diversidade de cores e formas. A mesma diversidade que provavelmente desenvolveu no menino Francisco Domingos da Silva a genialidade de suas pinturas primitivistas que mais tarde seriam apresentadas ao mundo.

Em 1934, quando uma grande leva de nordestinos continuava saindo para a Amazônia em busca de um eldorado, a família de Chico da Silva resolveu fazer o caminho inverso e embarcou para o Ceará. Foram três ou quatro meses descendo rios, os mais diversos, por entre a grande floresta até desaguar no Oceano Atlântico com destino ao porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE). Difícil imaginar, à época, que aquele garoto, filho das terras acreanas, navegando por águas turvas e cheias de tantas armadilhas e mistérios, seria o mais genial pintor primitivista do século XX.

Poucos sabem, mas Chico da Silva é o acreano mais festejado no meio das artes plásticas no Brasil e na Europa. Ele participou de várias exposições em países como França, Suíça, Itália e Rússia. Seus trabalhos fazem parte dos mais importantes museus e pinacotecas do mundo.

Chico da Silva é considerado um pintor do meio cearense.

De poucas letras, semi-analfabeto, Chico da Silva foi descoberto por um suíço em meados da década de 50 na praia do Pirambu, em Fortaleza, onde costumava desenhar em paredes e muros do bairro. Com estilo incomparável, segundo os pesquisadores, os desenhos dele surgiam de forma espontânea, como involuntários impulsos de sua imaginação. Chico não teve nenhuma influência de outros estilos nem muito menos de escolas de pintura. Seus traços, inicialmente feitos a carvão, impressionavam pela riqueza de detalhes e abstração. Eram dragões, peixes voadores, sereias, figuras ameaçadoras e de grande densidade e formas.

Antes de ser conhecido, era chamado pelos moradores de “indiozinho débil mental”, até que um suíço, Jean-Pierre Chabloz, ficou impressionado com os desenhos naqueles muros e resolveu conhecê-lo. Chico recebeu apoio e estímulo de Chabloz para desenhar e pintar cada vez mais. Foi o suficiente para torná-lo famoso e transformar seus quadros em peças cobiçadas pelos mais sofisticados apreciadores das artes plásticas.

Falecido em 1985, o acreano Chico da Silva deixou uma obra polêmica e cobiçada. Chico da Silva tornou-se cult por representar o retrato perfeito da pintura primitivista da Amazônia. Na Europa ele é conhecido como o índio de técnica apuradíssima e traços autodidatas de origem inerente à visão tropical da vida na floresta.
Fonte: www.handcraftbrazil.com/Valber Lima


Recentemente a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará adquiriu vários trabalhos de Chico da Silva que pertenciam a um colecionador francês. Os quadros fazem parte da primeira fase do pintor.

www.mauc.ufc.br

2 comentários:

Anónimo disse...

Possuo uma obra do artista,um galo pintado com a técnica de guache - ano de 1975,assinada.
Gostaria de fazer uma avaliação para venda. Está em ótimas condições e a tela mede 45x63 cm.
Se possível fazer contato por e-mail.
Ângela

Lídia Marques disse...

Aconselho procurar alguém do www.handcraftbrazil.com/Valber Lima
talvez possam lge ajudar.